Assumir uma posição de liderança política é, para muitas mulheres, um desafio que ultrapassa barreiras pessoais e sociais. Falar sobre protagonismo feminino na política é falar sobre coragem, resiliência e sobre a necessidade de abrir caminhos para que outras mulheres também possam sonhar e ocupar espaços de decisão.
Minha trajetória é marcada por muitos aprendizados e também por muito apoio. Venho de uma geração em que a participação da mulher na vida pública ainda era limitada. A sociedade esperava que as mulheres se dedicassem exclusivamente ao lar, e poucas se arriscavam a ocupar espaços de liderança. No entanto, tive o privilégio de contar, desde cedo, com o incentivo do meu pai, que sempre acreditou em meu potencial, me estimulando a desenvolver liderança, disciplina e empreendedorismo. Foi ele quem me ensinou que ser mulher jamais deveria ser visto como limitação, mas sim como uma força que agrega sensibilidade, visão estratégica e capacidade de transformação.
Mais tarde, já na vida adulta, encontrei no meu esposo um grande companheiro de jornada. Assim como meu pai, ele acreditou no meu potencial e me apoiou em cada passo, compreendendo que a política exige dedicação e resiliência. Esse suporte familiar foi fundamental para que eu pudesse trilhar esse caminho, muitas vezes árduo, mas profundamente recompensador.
O protagonismo feminino na política não é apenas uma conquista individual: é uma vitória coletiva. Cada mulher que ocupa um cargo público abre portas para que outras possam sonhar e acreditar. Ainda enfrentamos preconceitos, estereótipos e dificuldades, mas nosso olhar diferenciado traz novas perspectivas para a gestão pública: mais humanizada, inclusiva e atenta às reais necessidades da população.
Quero deixar uma mensagem de motivação a todas as mulheres: não deixem que os obstáculos as façam desistir de seus sonhos, faça dos obstáculos uma alavanca para alcançar novas oportunidades, acredite em você, não se deixe paralisar pelas dificuldades. A política precisa da nossa força, da nossa visão e da nossa sensibilidade. Precisamos de mais mulheres ousando, ocupando, transformando. Se hoje estou vereadora de Maringá, é porque antes de mim houve pessoas que acreditaram e me apoiaram, e porque eu mesma decidi acreditar que era possível.
Ser protagonista é assumir a responsabilidade de transformar, inspirar e abrir caminhos para as próximas gerações. Que mais mulheres se levantem e se coloquem à frente, para que juntas possamos construir uma sociedade mais justa, humana, e verdadeiramente representativa e igualitária.